Uma consulta de astrologia é o estudo, descrição e análise das possibilidades representadas num horóscopo. Envolve duas pessoas: o astrólogo, que age como intérprete dos símbolos astrológicos, e o consulente, ou seja, a pessoa para quem o horóscopo é interpretado. A consulta consiste geralmente numa introdução, onde se confirmam os dados e se apresentam as principais possibilidades indicadas no horóscopo, e uma fase de diálogo, onde se estudam as melhores formas de desenvolver essas possibilidades.

Existem vários tipos de consulta astrológica. A mais frequente é a consulta de Astrologia Natal, que consiste na interpretação da carta natal ou horóscopo. Neste tipo de consulta, o astrólogo explica as principais características do horóscopo e apresenta as possibilidades futuras. Por razões de concentração e privacidade a consulta é restrita apenas às duas pessoas directamente envolvidas – o astrólogo e o consulente.
Depois da primeira consulta, o consulente pode marcar outra, se assim o desejar, embora isso não seja de modo algum obrigatório. A segunda consulta, caso exista, deverá ser suficientemente distanciada da primeira para dar tempo à assimilação da informação astrológica. São de evitar situações que encorajem a dependência do consulente em relação ao astrólogo.

Caso a pessoa deseje apenas esclarecer uma questão específica, sem recorrer ao estudo completo do mapa natal, pode fazer uma consulta de Astrologia Horária. Nesta consulta o astrólogo interpreta apenas o mapa do momento em que a pergunta foi feita pelo consulente.

Pessoas de todos os tipos, de todas as idades e de todas as profissões. Algumas pessoas procuram a consulta por interesse no tema da astrologia, outras por quererem analisar uma situação específica, outras ainda por estarem a viver uma fase de mudança e reajuste.

Em qualquer caso, a consulta oferece uma visão geral das dinâmicas e possibilidades de cada indivíduo e ajuda a traçar novos caminhos, baseados em escolhas mais esclarecidas. A função do astrólogo é a de ajudar a entender as circunstâncias pessoais numa perspectiva mais consciente. O astrólogo não resolve directamente os problemas, pois esta tarefa compete à própria pessoa; o seu contributo consiste em esclarecer a situação presente e clarificar as possibilidades futuras.

A interpretação astrológica descreve as características de um dado indivíduo, os seus padrões de comportamento, pondo em destaque tanto os pontos fortes como os aspectos mais difíceis da sua personalidade. As possibilidades descritas pelo mapa serão desenvolvidas por cada pessoa ao seu próprio ritmo e de acordo com as suas circunstâncias de vida.

Podemos comparar um mapa natal a uma caixa de ferramentas, que cada indivíduo vai aprendendo a usar ao longo da vida. Cada pessoa tem as suas ferramentas específicas, diferentes para cada indivíduo, correspondendo a cada ferramenta um determinado tipo de aprendizagem. A interpretação astrológica descreve estas “ferramentas” e sugere formas construtivas de usá-las. Contudo, compete sempre e só a cada indivíduo decidir quando e como quer desenvolver o seu potencial. A astrologia não substitui a responsabilidade de cada indivíduo nas suas escolhas devida.

Para calcular um mapa natal de um indivíduo é indispensável saber a respectiva data, hora e local de nascimento. Estes dados, que deverão ser tão exactos quanto possível, vão determinar a posição dos planetas, do Ascendente, e dos outros componentes do mapa. É especialmente importante que a hora de nascimento esteja correcta, pois é através da hora (e das coordenadas do local) que se determina o grau do signo Ascendente. Basta a diferença de alguns minutos para que o Ascendente mude um grau zodiacal; nalguns casos, pode mesmo mudar de um signo para o seguinte.
As melhores fontes de informação sobre a hora são geralmente a certidão de nascimento e a memória de família. O ideal é comparar o registo da certidão (onde a hora costuma ser arredondada) com as recordações dos familiares (que costumam ter indicações mais precisas). Se a margem de dúvida sobre a hora for relativamente pequena (menos de meia hora) é possível fazer o mapa natal, embora a sua interpretação tenha de ser feita com algumas reservas.

Nas consultas de Astrologia Horária, a pergunta deve estar bem formulada e clara na mente do consulente para que se possa obter uma resposta directa e objectiva (ver: Consulta de Horária).

Esta é uma das questões mais frequentes na Astrologia: a pré-determinação. Está a nossa vida pré-determinada, ou somos livres para fazer escolhas e para “construir” o nosso destino?
A forma como esta pergunta é feita implica, por si mesma, um pré-conceito que importa desde já esclarecer. Quando perguntamos “somos condicionados ou somos livres?”, estamos implicitamente a apresentar estes factores como antagónicos e mutuamente exclusivos. Partimos do princípio de que existem apenas duas possibilidades: ou somos totalmente condicionados ou totalmente livres. Na verdade, ambos factores estão presentes na vida de todos os seres humanos: somos em parte condicionados (por factores genéticos, socio-culturais, etc.) e em parte livres, pois temos uma vontade individual, uma consciência, que nos permite compreender e gerir estes mesmos condicionamentos e, eventualmente, ultrapassá-los. Assim, em vez de formular a questão em termos simplistas – condicionados ou livres – há que entender a inter-relação dinâmica entre a vontade individual e as características de base representadas no mapa natal. Os termos desta interacção variam de pessoa para pessoa e de situação para situação.

Diga-se de uma vez todas: a Astrologia não impõe condicionamentos a ninguém. O que faz é representar, através dos símbolos astrológicos, os condicionamentos já existentes, permitindo assim uma melhor compreensão, uma gestão mais eficiente dos vários aspectos da existência humana e, por consequência, uma maior liberdade de escolha.